Oportunidade e força de vontade podem fazer toda a diferença no processo de exportação. O produtor de morangos de Bom Repouso (Sul de Minas), José Lidelmo de Andrade, ao participar da Rodada Internacional de Negócios durante a 23ª Superminas Food Show - realizada entre os dias 20 e 22 de outubro, em Belo Horizonte, no Expominas - percebeu a possibilidade de exportar para Portugal, Venezuela e Chile. "Temos uma produção em torno de mil caixas por semana e necessitava de orientação para exportar", conta o produtor, participante da Associação Coração do Vale.
Ao se reunir posteriormente com o produtor, a Central Exportaminas tomou conhecimento de que as cidades de Bom Repouso, Ouro Fino, Pouso Alegre e Estiva possuíam várias cooperativas e associações de produtores de morango com as mesmas dúvidas e vontade de exportar. Assim, entre os dias 4 e 6 de novembro, uma equipe da Central Exportaminas esteve na região conhecendo esses produtores, ministrando palestras e orientando os produtores.Participaram da visita técnica o Gerente de Promoção Comercial Ivan Barbosa Netto e os Consultores de Exportação Paulo Marcius Campos e Carlos Malta. "Na Associação Coração do Vale, em Bom Repouso, conhecemos algumas propriedades produtoras, a estrutura da associação e o packing house - processamento, separação, classificação, armazenagem e expedição das frutas", conta Paulo Marcius.
A Exportaminas visitou ainda as instalações da Tropical Food Machinery, indústria de capital Ítalo Brasileiro que produz máquinas para beneficiamento de frutas. A equipe participou também do III Seminário de Produção Integrada do Morango, promovido pela Universidade do Vale do Sapucaí (Univas), onde foram efetuados contatos institucionais com a Emater, Epamig e Sebrae.
Nem só de morango
Já em Pouso Alegre, a equipe visitou a Abasmig - Associação de Bataticultores da Região Sul Minas - onde conheceu produtores rurais de morango, batata e flores. A associação efetua operações de importação de sementes de batatas da França e da Holanda e já exportou para o Iraque.
"Encontramos universos diferentes de produtores da agricultura familiar de morangos com renda média mensal oscilando entre R$ 1.000,00 e R$ 1.500,00", constata Paulo Marcius, que diz haver várias questões estruturais a serem resolvidas até atingirem os quesitos de certificação e padrões para exportação. Um passo para isso, segundo o consultor, foi a criação do Pimo - Programa Integrado de Produção de Morango, no início de novembro. Uma parceria entre Emater e Epamig que visa incentivar boas práticas de produção e padronização para que os produtores possam seguir para os passos seguintes, que seriam as certificações internacionais (CITIES, GLOBAL GAP etc). Porém, completa Paulo, tais passos necessitam de articulação entre as entidades públicas e privadas, como incentivo a produção e manejo sustentável à exportação.
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